A experiência de luxo, tradicionalmente associada a produtos e serviços exclusivos, tem sido cada vez mais transferida para o mundo digital. Marcas de luxo, como Versace, Chanel, Gucci e Giorgio Armani, têm investido fortemente em suas capacidades digitais para se destacar e engajar melhor seus consumidores.
A interação com o consumidor é essencial para manter a relevância da marca. A Versace, por exemplo, criou uma lente de realidade aumentada no Snapchat, permitindo que os usuários experimentem virtualmente os tênis da coleção Versace Mercury e compartilhem essa experiência online, ampliando o alcance da marca nas redes sociais.
Os serviços de concierge também estão se digitalizando. Embora as boutiques físicas continuem sendo importantes, uma grande parte dos consumidores visita o site de e-commerce antes de ir às lojas. A Giorgio Armani, por exemplo, oferece um serviço personalizado de Made to Measure usando tecnologia 3D, permitindo que os clientes visualizem diferentes modelos e materiais antes de finalizar suas compras, seja virtualmente ou em uma visita à boutique.

A inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel significativo nesse processo. Marcas como Gucci e Burberry estão utilizando IA para prever tendências de moda e personalizar a experiência do cliente. A Ralph Lauren, por sua vez, está testando IA generativa para aprimorar processos como edição de textos e gráficos.A competição por consumidores da Geração Z, que até 2030 representará um terço das compras de luxo, também impulsiona essas inovações. Marcas como Chanel estão utilizando gamificação para atrair esse público jovem, oferecendo experiências digitais interativas que, embora não resultem em vendas diretas, fortalecem a conexão com a marca.
Em um mercado competitivo e em constante evolução, entender as mudanças nas preferências dos consumidores é crucial. Marcas de luxo que conseguirem adaptar-se a essas transformações e inovar no engajamento digital terão mais chances de sucesso a longo prazo.





